Вечеринка: GREEN RAY*15 | LUX curated by DJ HARVEY
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Оповестим сразу, как только будут добавлены фотографии с вечеринки
☄ Red Axes
☄ Sean Johnston
☄ Trevor Jackson
☄ Young Marco
☄ DJ Harvey
DJ Harvey
Escrever sobre DJ Harvey é tarefa ingrata. Não nos interpretem mal – é ingrata no sentido em que condensar a genialidade de Harvey num punhado de parágrafos é talvez tão difícil como conseguir que ele toque um disco desapropriado, ou que se apresente ao trabalho sem garantias de nos fazer cair o queixo pelo menos três vezes numa noite.
Tudo isto pode parecer exagero, mas desculpem, apresentar Harvey implica apresentar um DJ que é amado pelo público, idolatrado pelos colegas, incompreendido por alguns, mas respeitado por todos aqueles que se propõem a aprofundar o conhecimento da música de dança para lá de ritmos banais.
Um filho de Londres, ex-baterista, foi numa visita a Nova Iorque que descobriu o Hip-Hop. A partir daí, surfou na crista da onda das tendências electrónicas, mas não só. Ao lado do conhecimento profundo de tudo o que se relaciona com House, Disco e Techno, é lendária a sua capacidade para nos dar a escutar uma qualquer obscuridade Rock ou Soul. Mais de 25 anos de carreira, afinal, não se constroem à volta só do mesmo. E são todos estes anos que fazem do patrão desta GREEN RAY um personagem único atrás dos pratos, de sorriso louco e qualidades únicas. As festas que comanda mundo fora são altamente cobiçadas e elogiadas, frequentadas por públicos díspares que se congregam sob o seu saber. Sem ele, o mundo seria muito mais chato. E tê-lo connosco é um elogio a todos os que fazem da pista a sua segunda casa, e da música um porto seguro. Tempo de nos entregarmos a DJ Harvey.
Red Axes
Dori Sadovnik e Niv Arzi apresentam-se como Red Axes, e é a partir de Israel que se mostram ao mundo.
Se é verdade que desde 2011 editam música juntos, o facto é que foi no ano passado que saltaram para inúmeras listas de novos talentos a ter em conta. Edições pela Correspondant, I’m a Cliché (por onde lançaram mesmo um álbum em 2014) ou pela Hivern Discs, de John Talabot, sustentam com algo físico e palpável aquilo que fazem nas cabines. Edits ou novos temas, sensibilidades Rock juntam-se ao House e ao Disco, com o duo a explorar novos usos para instrumentos e novos ritmos para nos fazer dançar. Com a residência no Bootleg Club em Tel-Aviv, têm oportunidade de receber e criar pontos de contacto com artistas globais, sorvendo influências e lançando tendências. Altamente psicadélicos e irreverentes, são donos de um estilo muito próprio que sem medos alia caixas de ritmo rígidas, vozes distorcidas, guitarras hipnóticas e percussões na conta certa. Uma estreia em Portugal para satisfazer os mais atentos na busca de novidades. Depois não digam que não avisámos.
Sean Johnston
Sean já esteve entre nós. E o regresso a mais uma GREEN RAY só pode ser motivo de alegria. Da última vez, esteve em dupla com Andrew Weatherall como A Love From Outer Space. Desta, vem a convite do sapiente Harvey para mostrar a solo a arte do que vem fazendo desde 1986.
Natural de Hackney, tornou-se DJ simplesmente porque tinha uma extensa colecção de música. Ter os discos e querer mostrá-los aos outros, uma naturalidade na vontade da partilha que mantém até hoje. Nos anos 90, teve algumas oportunidades para remisturar e produzir música, mas foi uma lesão nos ombros que o afastou do montanhismo e o puxou ainda mais para o estúdio, já no novo milénio e em editoras como a Is It Balearic? Recordings ou a Throne of Blood. Sean Johnston é adepto de música de dança que não se lança em corridas desenfreadas, e gosta de dar espaço aos ritmos para respirarem e viverem em detalhe. Não é que necessariamente nos apresente música lenta, mas não há dúvidas que gosta de demonstrar que uma noite não se mede em batidas por minuto. Disco, New Beat, sons baleáricos, House ou Techno, tudo expectável de sair da mala deste DJ que não hesita em mencionar o LuxFrágil como um dos seus sítios favoritos para tocar. Sean é um dos nossos!
Trevor Jackson
Trevor Jackson é um artista multifacetado que há mais de 20 anos se apresenta no campo do audiovisual. Desde fazer as capas para centenas de singles e álbuns até começar a sua própria label, a Output, foi um instante. E foi na Output que artistas como LCD Soundsystem e Four Tet encontraram poiso, tal como Playgroup, a banda de um só homem de Jackson, que também responde por The Underdog ou Skull. Fulcral numa altura em que a música de dança vibrava com o que se chamou “electroclash”, são particularmente inesquecíveis as remisturas para Chromeo ou as versões de Depeche Mode. Passado o fervor dos inícios de 2000, Trevor Jackson voltou às explorações multi-material, jogando com luz, som e vídeo e percorrendo espaços que vão desde o Panorama Bar ao Fabric, em busca de novas maneiras de chegar ao seu público e criar pontes que permitam interacção. Lançou há pouco tempo a compilação Format, em 12 diferentes formatos físicos, onde cada cópia é única e diferente das outras.
Verdadeiro homem dos sete ofícios, é desaconselhado fazer previsões para o que trará para esta GREEN RAY. O melhor é ficarmos preparados para sermos surpreendidos.
Young Marco
O escolhido de Harvey para ajudar a tomar conta do piso discoteca nesta noite é Young Marco, o holandês que há mais de uma década vem ajudando a definir o cenário nocturno da sempre interessante Amesterdão.
Notório por DJ sets que quebram barreiras de género, a fome de vinil levou-o a viver rodeado dele, cavando horas a fio em busca de música única. Young Marco não é um DJ de hits, Young Marco é um DJ que dita que temas são os hits da noite. O facto de ter trabalhado na famosa loja de discos Rush Hour, ajudou certamente à educação de Marco Sterk, e foi na Rush Hour-editora que encontrou também poiso para a sua música, fixando-se mais tarde na ESP Institute com 2 EPs e um álbum, “Biology”. Sintetizadores obscuros e caixas de ritmos partidas, uma completa mistura de sons fora do comum que se juntam para a beleza do todo: parece ser o lema de Marco tanto no estúdio como entretido a mostrar-nos os últimos achados discográficos. Diz que se sente o tipo mais sortudo do mundo em poder mostrar os seus discos fora do comum. Se ele é o DJ mais sortudo, nós somos sem dúvida a pista mais sortuda.
Textos Inês Duarte
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DJ HARVEY
Writing about DJ Harvey is an inglorious task. Don’t get us wrong – it is inglorious in the sense that summing up Harvey’s genius in a handful of paragraphs is as hard as getting him to play an inappropriate record, or showing up to play and not making our jaws drop at least thrice in an evening.
This may all seem exaggerated but presenting Harvey means presenting a DJ loved by his audience, idolized by his colleagues, misunderstood by some but respected by all who want to take their knowledge of dance music beyond commonplace rhythms.
A London native and ex-drummer, it was while visiting New York that he discovered Hip-Hop. From there, he surfed the new electronic tendencies, but not only those. Alongside the profound knowledge he has of all things House, Disco and Techno, his ability to show us some Rock or Soul obscure record is legendary. After all, a career of more than 25 years can’t all be built using the same building blocks. And it’s all these years that make this Green Ray’s boss a unique character behind the decks, with a wild smile and unique qualities. The parties he throws worldwide are highly coveted and widely valued, attended by a heterogeneous bunch that congregates under his spell. Without him, the world would be a duller place. And having him with us is praising all of those who make the dancefloor their second home, music their safe haven. It’s time to surrender to DJ Harvey.
RED AXES
Dori Sadvonik and Niv Arzi are Red Axes, hailing from Israel to the world.
While it’s true that they started releasing music together in 2011, fact is that it was only last year that they found themselves showing up in “new artists you should know” lists. Releases on Correspondant, I’m A Cliché (where they released an album in 2014) ou on John Talabot’s Hivern Discs provide tangible and audible support to what they do on DJ booths. Edits or new songs, Rock sensibilities are paired with House or Disco, with the duo exploring new uses for instruments and fresh rhythms to make us dance. Through their residency in Tel Aviv’s Bootleg Club, they have the opportunity to host global artists, gathering influences and dictating new tendencies. Highly irreverent and psychedelic, Red Axes possess a very personal style which allies strict drum machines, distorted vocals, hypnotic guitars and the just the right amount of percussion. This debut in Portugal will satisfy those who are hungry for a fresh take on things. You’ve been warned.
SEAN JOHNSTON
Sean was here before, and his return to another GREEN RAY is reason for celebration. Last time, he paired with Andrew Weatherall as A Love From Outer Space. Now, he answers the invitation by the sapient DJ Harvey and will show us solo the art of what he’s been doing since 1986.
Born in Hackney, London, he became a DJ simply because of his record collection, and having the records and wanting to play them to others is something that carried on through the years. Some affairs with remixing and producing happened in the 90s, but it was a shoulder lesion that took him away from mountaineering and back into the studio in the new millennium, releasing on labels such as Is It Balearic Recordings or Throne of Blood. Sean Johnston is a fan of dance music that doesn’t rush itself, giving enough space for rhythms to breathe and for details to shine. It’s not that he necessarily plays slow music, but for sure he likes to demonstrate that a night can’t be measured in beats per minute. Disco, New Beat, Balearic sounds, House or Techno, everything goes for this DJ who doesn’t hesitate to mention LuxFrágil as one of his favourite places to play. Sean is one of us!
TREVOR JACKSON
Trevor Jackson is a multifaceted artist who’s been working for over 20 years in the audio-visual area. He began by authoring the artwork to hundreds of albums and EPs and it wasn’t long until he founded his own label, Output. At Output, artists such as Four Tet and LCD Soundsystem found a home. And Playgroup, Jackson’s one-man band that also goes by The Underdog or Skull, did as well. Most important at a time when dance music was going crazy for what was called “electroclash”, his remixes for Chromeo or his Depeche Mode can’t be forgotten. Past the early 2000s fervour, Trevor Jackson went back to multi-material explorations, playing with light, audio and video and going through venues such as Panorama Bar or Fabric, searching for new ways to reach his audience and build bridges allowing for greater interaction. He recently released (in 12 different physical formats) Format, a compilation in which each copy is unique and different from the others. A true jack of all trades, it’s hard to guess what he’ll bring to this GREEN RAY night. Instead, we should be prepared for surprise.
YOUNG MARCO
Harvey’s pick to help take care of our ground floor for the night is Young Marco, the Dutchman that for more than a decade now has helped define the ever-interesting Amsterdam nightlife scenario.
Famous for genre-defying DJ sets, his hunger for vinyl led him to live surrounded by it, digging for hours on end for unique music. Young Marco is not one to play out the run of the mill hits, instead he’s one of those DJs who define the hit records of the night on the spot.
The fact that he worked at the famous Rush Hour record shop certainly helped his musical education, and while he also found on Rush Hour, the label, a place for his music, he later settled for ESP Institute releasing 2 EPs and an album, “Biology”. Obscure synths and broken drum machines, a complete mix of oddball sounds coming together in beauty: something that Marco seems to abide by, be it in the studio or showing off his latest musical finds. He says he feels like the luckiest guy ever to be able to play his weird records. If he’s the luckiest DJ, we’re the luckiest audience.
Words Inês Duarte
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